A meteorologia desempenha um papel crucial na vida das pessoas e das economias de um país. Ela fornece informações sobre as condições climáticas, previsões do tempo e alertas de fenômenos extremos, permitindo que as comunidades se preparem e tomem medidas para se protegerem. Reconhecendo a importância disso, Angola está investindo na modernização de seus sistemas meteorológicos.
Ao intervir no stand do Quénia, que juntou líderes de vários países africanos, apontou a combinação entre os serviços do INAMET, através de inovações tecnológicas, e o Programa Espacial Nacional como a base da nova fase em implementação. O país, adiantou, pretende ter uma rede de comunicações robusta para dar suporte aos serviços afins, para informação chegar em tempo útil e atingir todos os cidadãos no território nacional. Lembrou que o país continua a desenvolver a sua rede de telecomunicações, quer terrestre e também por via satélite. Por essa via, referiu Mário Oliveira, o país terá um conjunto de ferramentas tecnológicas, entre aplicativos e outras soluções, para ter soluções de alertas eficazes para anomalias naturais severas.
O governante aproveitou o momento para dar a conhecer que Angola, pelo que tem realizado, passou a ser o ponto focal da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral para a colecta de informações e sua distribuição. “Com isto, temos por via da Organização Mundial de Meteorologia o servidor que monitoriza e dá tratamento dos dados das condições climáticas severas para África”, destacou.
Mário Oliveira apontou que isto vai de encontro com as iniciativas das Nações Unidas, através do seu secretário-geral, António Guterres, para a prevenção e antecipação de calamidades naturais, bem como salvar vidas. A grande directriz, informou, da ONU é que até 2027 todos os seres humanos deverão ter acesso a informação meteorológica independentemente do local onde se encontrarem, no intuito de acautelar a integridade das pessoas e dos seus bens. Defendeu a necessidade de se apostar nos locais remotos, onde existem humanos, pois são, na sua maioria, os mais afectados pelas catástrofes naturais.
INAMET
Sobre o processo de modernização do INAMET, referiu que com a instalação de 83 estações, nomeadamente aeronáuticas, meteorológicas e sísmicas, deu-se por terminada a primeira fase do mesmo. Neste momento, continuou, se está a preparar as condições para avançar com a segunda fase que compreende o alargamento da rede nacional de estações, com vista a melhor servir os interesses nacionais, designadamente os económicos e sociais, o seu grande objectivo.
ANGOSAT – 2
Conforme o ministro, nesta altura já não se fala sobre o estado do Angosat, porque é um satélite em órbita, “devemos nos ater nos serviços a prever”. Por isso, falou que o mesmo “é a grande auto-estrada de comunicações” do país, onde os operadores nacionais e não só estão e vão continuar a colocar serviços. Como exemplo, lembrou o projecto “Conecta” que funciona, numa primeira fase no Leste do país, com perspectiva em cobrir todo territorial nacional, relacionado com redes móveis para o sector social. Quanto aos operadores estrangeiros, confidenciou que estão em curso negociações com empresas de países vizinhos, com destaque para a Zâmbia e a Namíbia.
Hoje foi o quarto dia de trabalho da Conferência das Partes (COP) 28, que acontece até ao próximo dia 12 de Dezembro. No terceiro dia, sábado, o Chefe de Estado, João Lourenço, participou da Cúpula Mundial de Acção Climática, onde apresentou a sua declaração nacional.
Com uma extensa costa atlântica e uma diversidade de climas, Angola é um país que experimenta uma ampla gama de condições meteorológicas. Devido à sua localização na região tropical, o país é afetado por chuvas intensas, tempestades tropicais e secas prolongadas. Essas condições climáticas podem ter um impacto significativo nas atividades agrícolas, na segurança alimentar e na infraestrutura.
Para enfrentar esses desafios, Angola está investindo na modernização de seus sistemas meteorológicos. Isso inclui a melhoria da infraestrutura de observação, o desenvolvimento de modelos de previsão mais precisos e a implementação de sistemas de alerta precoce.
Um dos principais projetos em andamento é a instalação de estações meteorológicas automatizadas em todo o país. Essas estações coletam dados precisos em tempo real sobre temperatura, umidade, pressão atmosférica e precipitação. Essas informações são essenciais para a geração de previsões meteorológicas confiáveis e alertas de fenômenos extremos.
Além disso, Angola está investindo no treinamento de meteorologistas e técnicos especializados para operar e interpretar os dados coletados pelas estações meteorológicas. A capacitação desses profissionais é fundamental para garantir a qualidade das previsões e a eficácia dos sistemas de alerta precoce.
A modernização dos sistemas meteorológicos também envolve a implementação de modelos de previsão mais avançados. Esses modelos utilizam algoritmos complexos e dados históricos para prever as condições climáticas futuras com maior precisão. Isso é especialmente importante para setores como agricultura, aviação, energia e turismo, que dependem de informações meteorológicas confiáveis para tomar decisões estratégicas.
Além disso, Angola está trabalhando em parceria com organizações internacionais, como a Organização Meteorológica Mundial, para fortalecer sua capacidade de previsão e monitoramento meteorológico. Essas parcerias permitem o acesso a tecnologias e conhecimentos especializados, além de promover a colaboração entre os países na área da meteorologia.
A modernização dos sistemas meteorológicos em Angola tem o potencial de trazer inúmeros benefícios para o país. Uma previsão meteorológica mais precisa e confiável pode ajudar a minimizar os impactos de desastres naturais, como enchentes e secas, e permitir um planejamento mais eficiente de atividades agrícolas e de infraestrutura.
Além disso, a melhoria dos sistemas meteorológicos pode contribuir para o desenvolvimento econômico do país. Setores como agricultura, energia renovável e turismo podem se beneficiar de informações meteorológicas precisas e atualizadas para tomar decisões estratégicas e maximizar seu potencial.
Em resumo, a modernização dos sistemas meteorológicos em Angola é um passo importante para garantir a segurança e o desenvolvimento sustentável do país. Ao investir em infraestrutura, tecnologia e capacitação, Angola está se preparando para enfrentar os desafios climáticos futuros e aproveitar as oportunidades que uma previsão meteorológica confiável pode oferecer.
